tardes de sábado
tardes de sábado. são aqueles momentos em que te sentas no puff dois segundos e vem um receber um abracinho e vem o outro a reclamar que também quer e vem o cão, que não pode passar sem se juntar à festa. são segundos de puro caos, de cotovelos nas pernas, de joelhos a pressionar a barriga, de muitos pares de braços e de beijinhos com língua… de cão. mas são segundos maravilhosos em que, à parte da dor, pensas “ahh! assim é que eu estou bem!”
tardes de sábado. são aqueles 5 minutos mágicos de mimo, com um no colo, um aconchegadinho e o outro aos pés, no sofá a ver o shrek.
e depois são todas as outras horas de brincadeira e loucura que deixam a casa a parecer um verdadeiro campo de batalha. onde não raras vezes temos, igualmente, ameaças nucleares, biológicas e químicas. a saber: são os brinquedos, os utensílios de cozinha transformados em brinquedos, são os livros, as almofadas, as mantas dos sofás, são as chuchas mil e uma vezes desaparecidas, são as fraldas do mais novo, a autonomia desastrada das idas à casa de banho do mais velho, são as bolas, os carrinhos, os legos, as cadeiras/escadas para subir para cima de tudo, e a lista continua.
os dias são cada vez mais longos e há muito que fazer e aproveitar. há que brincar com um bocadinho de tudo para não enjoar. o conceito de arrumar a seguir ainda não está adquirido. ainda não é uma das nossas preocupações (nossas, pais). temos tempo. ou é isso ou gostamos de andar de rabo pró ar a arrumar pecinhas minúsculas todas as noites antes de ir dormir.