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três rapazes e um cão

os meus dias enquanto miúda cheia de sorte por ter uma casa cheia...de meninos!

três rapazes e um cão

26
Jan15

dia 1000

ao fim de quinze dias voltaram à escola. não sei se o pico de gripe já passou por completo mas achámos que estava na hora de voltar. e seja o que Deus quiser. 

 

foram só quinze dias mas em muitas alturas pareceram mil. ficaram em casa por decisão nossa e foi maravilhoso ter tempo para brincar com eles e comer aqueles pescocinhos e bochechas gordinhas sempre que me apetecia. 

 

mas também é uma tortura. dias seguidos de chuva, sem poder sair. eles fartos de estar fechados. as respostas do mais velho a testar-me até ao limite. as asneiritas do mais novo a deixar-me sempre alerta. (entre elas o abrir e fechar de portas. de TUDO. dos armários, do frigorifico, do congelador, da porta da rua) as birras, muitas. as brigas entre os irmãos, muitas, sempre à hora de preparar o almoço ou jantar.

 

depois há também esta parte, dos almoços e dos jantares, todos os dias, almoço, jantar, sopas. suja loiça, lava loiça. arruma brinquedos. lava roupa. arruma roupa. arruma brinquedos. eu gostava muito, mas não tenho perfil para isto. faço porque tenho de o fazer, faço e é o meu dia-a-dia. mas não gosto.

 

quando as miniférias começaram idealizei um monte de coisas para fazer com eles. fiz muito pouco do idealizado. mas ganhei muito com os meus dois rapazes e eles ganharam quinze dias com a mamã. quanto é que isso não vale?

 

hoje o regresso foi tranquilo, tirando o acordar difícil do Gonçalo, não houve nenhum stress em voltar para a escola. foram muito satisfeitos. vamos ver como corre amanhã.

26
Jan15

só mesmo o gonçalo #5

todos os dias acorda às 8 da manhã, vem ao nosso quarto, chama pelo pai. já é de dia? vamos para baixo! quer ser sempre o primeiro a descer, quer ser ele a ganhar. toma o pequeno-almoço com o pai e fica a ver os desenhos animados. durante quinze dias foi assim. podia dormir a manhã toda, mas acoradava às 8h. 

hoje, o dia em que volta para a escola (coisa que ele não sabia), temos de o acordar às 8h30 e arrancá-lo da cama com dificuldade. só mais um bocadinho! mas eu tenho muito xono! olha mamã, abri a boca, vês?! quer dizer que tenho xono! 

mas o melhor mesmo é quando o rapaz me diz para ir pondo tudo pronto no carro que ele já acorda. 

 

17
Jan15

pronúncia do norte

sim, admito. falo à moda do norte. já há muito tempo. é fruto da minha tendência para apanhar os sotaques, pronúncias e expressões típicas dos outros. tendência tramada para quem trabalha com pessoas de vários pontos do país, como foi o meu caso durante seis anos. às vezes carrego um bocado mais para me fazer entender melhor, mas a verdade é que eu falo assim porque a pronúncia e expressões daqui colam-se a mim como supercola e não adianta tentar descolar.

 

primeiro começas a repetir as expressões dos outros para brincar com eles, depois usas sem ser a brincar e quando dás por ela, já vais ir não sei aonde, porque tens de ir e tens e não estranhas quando ouves dizer que está dórido, que levou bácinas ou deu uma chinca. as expressões passam a ser tuas e já nem te lembras como é que dizias antes.

 

acalme-se o pessoal lá de baixo. da mesma forma que falo com a mesma pronúncia do ruca, também só preciso de 5 minutos abaixo do mondego para começar a dizer à melher, dinhere e é pá.

 

quanto aos palavrões. estes não saem com muita frequência. o marido ainda olha para mim com espanto quando me sai algum mais forte. mas são pensados com frequência. a minha cabeça pensa à norte e pensa asneira da grossa. é o que dá a vida militar, em particular os meses nos fuzileiros. é o que dá a convivência com o pessoal do norte. na tropa o palavrão é pontuação, aqui são usados como figuras de estilo, não ofendem ninguém. estou mais rica em expressões, podemos dizer assim. a verdade é que algumas expressões soam muito mal para quem está a ouvir mas sabem muito bem para quem as diz. poucas palavras espelham tão bem o estado de espírito da pessoa ou são tão libertadoras.

 

eu sou do sul (centro sul, vá). ele é do norte. tem uma pronúncia do norte, que eu adoro. palavrões incluídos. vivemos no norte, portanto, falamos à norte. palavrões incluídos.

17
Jan15

o meu filho diz carago, carago!

é inevitável! casas com um homem do norte. mudas-te para o norte. sabes que os teus filhos vão falar à norte.

 

eu sei disso. já sabia antes. mas ainda me faz muita confusão quando o puto me vem perguntar pelas sapatilhas, ou quando me pede o guarda-chuva em vez do meu chapéu-de-chuva, quando diz que está à beira de alguma coisa e quando (suspiro!) troca ocasionalmente um b por um v.

 

o Gonçalo agora anda com o carago, mas já lhe saíram bem piores. como todas as crianças, sabem bem o que é um palavrão mesmo não sabendo bem o que quer dizer, mas sabe exactamente como usar. as asneiritas saem-lhe muito ocasionalmente (felizmente) e acontecem por fases. nós corrigimos de imediato e procuramos que ele perceba que aquilo não é para repetir, sem grandes alaridos. mas às vezes temos mesmo de olhar para o lado e disfarçar que estamos a rir à gargalhada porque o puto acaba por ter muita piada. aprendeu na escola, só pode! dizemos muitas vezes. o mais certo é ter aprendido mesmo na escola, é o normal, mas temos de admitir que também pode ter aprendido em casa, também seria normal, pois quer queiramos quer não ele também as ouve aqui. será uma batalha perdida? não sei, não me preocupo muito.

 

sei que mais tarde ou mais cedo ele vai dizer palavrões. espero que seja mais tarde. até lá concentro as minhas forças a fazer com que ele perceba que não deve dizer, que não é bonito e sobretudo não pode ofender ninguém com o que diz.

17
Jan15

dia 6

eu e o gaspar

o meu momento do dia. enquanto os rapazes dormem a sesta eu vejo notícias sentadinha no sofá. bebo o café com calma. dou mimo ao cão que dorme quase ao meu colo. aproveito para escrever. ainda a pensar neles.

 

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