já começou há dias, semanas talvez. entre o Panda e a Disney, entre as Patas e os PJs, por cada intervalo de bonecos um montão de anúncios. anúncios a quê, perguntam? a brinquedos. resmas de reclames a brinquedos de todos os tipos.
desde de que inventaram esta coisa das gravações e do pôr para a frente e trazer para trás (a meu ver outra melhor invenção depois da roda) que já quase não vemos anúncios mas estes dias notei a quantidade exagerada de anúncios a brinquedos e fiquei com a pulga atrás da orelha, a perguntar-me por alma de quem nesta altura do ano haver tanto anúncio na televisão. não é natal, não é páscoa (outra altura estúpida para encher as crianças de brinquedos. é um presente dos padrinhos e já é muito) de onde é que isto vem, pensava eu, na minha inocência. básica! sou uma básica. hoje caiu-me a ficha. o dia da criança!
ora vamos lá ver uma coisa. o dia da criança é para celebrar as crianças e o que é ser criança, além de lembrar todas aquelas que não têm a oportunidade de ser verdadeiramente crianças. sim senhor que ser criança passa por poder brincar à vontade, mas para isso não é preciso comprar brinquedos novos.
eu sei que os tempos são outros (e ainda bem), sei que isto me faz soar mesmo mesmo velha (quero que se lixe) mas no meu tempo o mais especial do dia da criança era o gelado que recebia (sim, já escrevi sobre isto aqui). hoje o gelado seria recebido com um “tas a gozar?!é só isto?!” e posso ser só eu a pensar assim, mas há qualquer coisa muito errada nisto.
por isso, senhores da televisão e dos anúncios de brinquedos, eu sei que têm de vender e que também têm putos a quem dar de comer e dar brinquedos, mas vamos lá diminuir a quantidade de anúncios porque isto assim fica muito difícil. os meus pequenotes adoram tudo e querem tudo e eu adoro dar-lhes presentes.